Rio: trabalhador gasta até 70% de salário mínimo com transporte público

quarta-feira, 19 de junho de 2013
Comprometimento da renda varia de 17% a 70% na região metropolitana no Rio Quem usa todos os dias transporte público na região metropolitana do Rio gasta entre 17% a 70% de um salário mínimo (R$ 678) por mês. O R7 simulou o cálculo considerando ida e volta diária do trabalho (cinco dias por semana durante um mês) em ônibus da capital, metrô, trem e barcas. O maior comprometimento de renda é de quem faz o trajeto Charitas-Praça 15. Por mês, 71% de um salário mínimo é gasto por quem mora em Niterói, trabalha no centro do Rio e usa diariamente as barcas. Por dia, o gasto é de R$ 24, chegando a R$ 480 por mês. Levando em conta os R$ 2,95 cobrados pelos ônibus, o trabalhador gasta por mês R$ 118 (ida e volta). A quantia corresponde a 17,4 % do salário mínimo. Quem usa o metrô gasta, no mesmo período, R$ 140, comprometendo 20,64 % do valor do salário mínimo. Já quem opta por utilizar o trem desembolsa R$ 124 por mês - 18,28 % do salário mínimo. Segundo a lei 7.418, que instituiu o vale-transporte em 16 dezembro de 1985, o empregador deve financiar os gastos de deslocamento do trabalhador com a ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% de seu salário básico. A legislação não permite que empregado arque com parcela superior a esse percentual. Entretanto, pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre gastos das famílias brasileiras com transporte urbano - público e privado - revela que 10% dos mais pobres no País gastam mais de 10% de sua renda com o serviço público. Os números, divulgados em dezembro de 2012, comparam dados de 2003 e de 2009 da POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), feita pelo IBGE ( Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa também conclui que, em média, os brasileiros gastam 15% de sua renda com transporte urbano. O levantamento percebeu que o aumento da renda permitiu que gastos com transporte privado sejam cinco vezes maiores do que com transporte público. Segundo o pesquisador do Ipea, Carlos Henrique de Carvalho, isso reflete acontece em razão do aumento da renda das famílias e do alto custo das tarifas de transporte público. — A tarifa está cada vez mais cara. Com isso, a pessoa prefere investir no privado, comprando um carro ou uma moto. Como exemplo, o pesquisador cita os valores gastos no trajeto Niterói–Centro do Rio. — Uma pessoa que tem um custo de R$ 480 por mês vai preferir comprar uma moto, porque o custo das parcelas mais a manutenção do veículo vai ser menor do que com o transporte público. *Colaborou Larissa Kurka, do R7 FOTO Ag. O Dia
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