Segundo testemunhas, um policial chegou a jogar gás de pimenta contra os docentes
Professores municipais e estaduais realizaram por volta das 14h desta segunda-feira (30) uma passeata da Prefeitura do Rio até a Cinelândia, no centro. O objetivo era criticar a ação da polícia na retirada dos docentes da Câmara dos Vereadores, na noite de sábado (29).
Por volta das 14h20, a passeata interditou a rua Azevedo, no centro, segundo o Centro de Operações do Rio. A caminhada começou às 12h desta segunda. Os manifestantes também chegaram a interditar a avenida Chile que foi liberada ao tráfego por volta das 15h30. Os docentes seguiram em direção à Câmara e se concentraram nos arredores do local. A rua Frei Caneca, na altura da Apoteose, também foi interditada temporariamente às 14h45.
No sábado (29), após a diretora da Câmara dos Vereadores pedir apoio à Polícia Militar para reintegração de posse, policiais invadiram a Casa e expulsaram à força o grupo de professores grevistas que ocupava o prédio desde quinta-feira (26). A classe invadiu o plenário para impedir a votação de um plano de carreira proposto pela prefeitura e que, segundo eles, atendia a somente 10% dos professores do município. De acordo com professores, os policiais foram violentos e usaram grande quantidade de gás de pimenta. Ao menos 15 manifestantes ficaram feridos e três foram detidos e levados à Delegacia da Mem de Sá. Todos foram ouvidos e liberados horas depois.
Em nota, a PM afirmou ter cumprido mandado de reintegração de posse e destacou que, ao longo da ocupação, havia tentando um “entendimento, mas não houve acordo”. Por fim, destacou que cumpriu determinação da Justiça. No domingo (29), um grupo de cerca de 20 professores continuava nos arredores da Câmara. Alguns armaram cadeiras de praia ao lado do prédio e disseram que pretendem permanecer no local pelo menos até terça-feira (1º), nova data para votação do plano de carreira pelos vereadores. Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), foi registrada ocorrência por conta da truculência policial e falta de “ordem específica da Justiça”. R7 Atualizado
