De acordo com delegado, quadrilha se baseava na lei para forjar multas
O delegado Alexandre Capote, um dos responsáveis pela operação Parasitas, disse nesta quinta (3) que quadrilha de fiscais da Vigilância Sanitária Municipal forjava multas contra comerciantes do Rio de Janeiro. Segundo ele, as propinas eram pagas a partir dessas falsas multas cobradas pelos suspeitos que faziam parte do esquema.
Segundo ele, os fiscais inventavam irregularidades para autuar estabelecimentos comerciais, por mais regulares que eles estivessem. Segundo o delegado, a quadrilha chegava a faturar cerca de R$ 50 milhões por ano. — Eles usavam a lei para garantir o esquema de corrupção que eles criaram.
Eles inventavam irregularidades fictícias para, a partir disso, aplicarem multas e passavam a agir dentro do que a lei prevê.
Eles criavam uma ideia, uma verdade para poder garantir a lei. Os comerciantes, para não terem seus estabelecimentos fechados, acabavam pagando as multas. A operação Parasitas, realizada pela Draco-IE (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais), pretende prender agentes da vigilância sanitária acusados de cobrar propina de comerciantes, e já cumpriu 25 mandados de prisão até o início da tarde desta quarta-feira (3).
De acordo com Capote, cerca de R$ 1 milhão foram encontrados na casa de um único fiscal. O dinheiro foi apreendido em Campo Grande, na zona oeste do Rio. Capote diz acreditar que o suspeito seria responsável pelo repasse do dinheiro para outros integrantes da quadrilha.
Colaborou Paulo Rosa, do R7
