Redação Rio Alerta notícias
Foto: O DIA
Foram colocadas barricadas na subida da comunidade e os moradores chegaram a arremessar pedras em direção aos policiais militares.
O Batalhão de Choque foi acionado e, para conter os manifestantes e liberar a via, chegaram a usar bombas de efeito moral. Até o início desta noite, cerca de 50 a 60 policiais do Choque, 5º BPM (Praça da Harmonia) continuavam no local para garantir que a via seguisse liberada.
O trânsito no local ficou bastante complicado e parte do comércio foi fechado. Pichações em muros próximo à subida do morro pediam paz e "saudade dos amigos Ramon e Rodrigo, mototaxistas mortos.
Os moradores afirmam que a morte dos mototaxistas, na noite desta quinta-feira, foi uma represália do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Um dia antes, na noite de quarta-feira, um PM do Bope foi baleado em operação na comunidade. Mais cedo, a Divisão de Homicídios (DH) esteve no local para a perícia.
Titular da especializada, Rivaldo Barbosa havia feito um apelo à população: "Que essa energia do protesto seja revertida em informações para ajudar a polícia a elucidar o caso", declarou ele.
Rivaldo atribuiu ainda os frequentes ataques na região à guerra de facções rivais que disputam o território.
Moradores do Complexo do São Carlos afirmaram que as mortes dos mototaxistas da região, na noite desta quinta-feira, foram represália do Batalhão de Operações Especiais (Bope) pelo ataque a um PM, baleado um dia antes, durante ação dos policiais no local. Os mortos foram identificados como Rodrigo Marques Lourenço, de 29 anos, e Ramon Moura, 22.
O Bope confirmou uma operação na noite desta quinta-feira, e informou ainda que houve duas ocorrências — porém, não atribuídas aos mototaxistas —: duas pessoas foram baleadas na ação e levadas pelos policiais ao hospital. No entanto, elas não resistiram e morreram.
No protesto desta manhã, o primeiro coletivo foi incendiado no Largo do Estácio, perto do Hospital Central da Polícia Militar (HCPM) e da estação de metrô.
O segundo foi incendiado na Rua Campos da Paz, na altura do número 77, no Rio Comprido. Parte do comércio na região foi fechada.
