Redação Rio Alerta notícias
A delegada Monique Vidal, responsável pelo inquérito instaurado na delegacia do Leblon (14ª DP) que investigou crime de tentativa de homicídio e lesão corporal em uma festa na Gávea, disse nesta quinta-feira (11) que o suspeito de ferir três pessoas, José Philippe Ribeiro de Castro, é “um criminoso” e defendeu a prisão dele.
O inquérito foi concluído na quarta-feira (10) e deve ser encaminhado ao Ministério Público. O suspeito foi indiciado por dupla tentativa de homicídio e lesão corporal. Se condenado, pode pegar até 40 anos de prisão.
De acordo com a titular da unidade, Castro é um indivíduo “extremamente violento”. Segundo Monique, várias testemunhas descreveram Costa como uma pessoa violenta e disseram temer represálias do promotor de eventos.
O inquérito da Polícia Civil sobre o caso tem 230 páginas, com depoimentos de 19 pessoas.
A delegada informou ainda que uma das testemunhas afirmou que havia um canivete na festa. Há também a possibilidade que a lâmina de um saca rolhas tenha sido usada pelo agressor, mas a polícia não encontrou vestígios de sangue no objeto.
Durante a festa, o suspeito teria ferido três pessoas. A briga teria começado após Gabriel Silva urinar no quintal da mansão onde a festa ocorria, na Gávea, zona sul do Rio.
A vítima teve parte da orelha direita decepada e, sua namorada, Ana Carolina Romeiro, acabou atingida no peito e precisou passar por uma cirurgia. Na quarta-feira, ela deixou a UTI e foi transferida para o quarto.
Segundo Monique Vidal, o jovem de classe alta atacou as vítimas por um motivo fútil. Ela ainda afirmou que o suspeito é um criminoso violento.
— Quando é rico é desequilibrado, e quando é pobre é bandido? Ele é criminoso, mesmo, e tem que ser preso. Atacou as vítimas barbaramente por motivo fútil. Decepou, tirou um pedaço da orelha de uma vítima.
Castro já tem oito passagens pela polícia por agressão e já foi condenado pela Lei Maria da Penha. Em 2011, ele foi acusado de invadir o apartamento de uma ex, mas a pena foi suspensa sob a condição de que ele se apresentasse no fórum a cada dois meses. No entanto, a exigência não foi cumprida pelo acusado.
O produtor de eventos e economista foi detido no domingo (7) e encaminhado para o Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste, na segunda-feira (8). Contra ele, foi cumprido um mandado de prisão temporária de cinco dias pelos crimes indicados no inquérito.
