Caso Fifa: ministro do Esporte defende que "eventuais culpados" sejam punidos

quarta-feira, 27 de maio de 2015


Redação Rio Alerta notícias

O ministro do Esporte, George Hilton, afirmou que o governo federal vai acompanhar os desdobramentos da operação que prendeu nesta quarta-feira (27) seis executivos do alto escalão da Fifa e o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) José Maria Marin por suspeita de envolvimento em esquemas de corrupção.

— O governo vai acompanhar todas as investigações e nós queremos que seja tudo esclarecido. 
O governo tem todo o interesse que a verdade seja trazida à baila e os eventuais culpados sejam punidos no rigor da lei, dentro do que a lei determina.
As prisões foram realizadas no Baur au Lac Hotel, em Zurique, a partir de pedido da promotoria de Nova York, durante operação anticorrupção feita pela polícia suíça e movida por um pedido do FBI, que lidera a investigação.
O ministro, que participa hoje de reunião da Comissão Nacional de Prevenção da Violência para a Segurança nos Espetáculos Esportivos no Rio de Janeiro, afirmou que não teme que as investigações eventualmente resvalem no Ministério do Esporte.
— Não há preocupação não. Nós sabemos que o governo tem uma política muito determinada, dentro de critérios rigorosos. 
O ministério tem uma atuação nesse sentido. Nós queremos que nessas investigações nós tenhamos os devidos esclarecimentos de tudo.
Hilton, que negou a CBF tenha entrado em contato com o governo após as prisões, disse que não há indícios de irregularidades em relação à Copa do Mundo realizada no Brasil no ano passado. 
Questionado se o governo pretende agir na CBF, o ministro afirmou que encaminhou propostas ao Congresso Nacional.
— O governo já faz isso, se antecipou, mandou proposta muito clara ao Congresso Nacional querendo que haja, sobretudo, por parte dos clubes no Brasil práticas de boa gestão, de transparência, de fairplay. Portanto, o governo faz muito bem seu papel e a gente aguarda que o congresso aprove essas medidas.
De acordo com informações do jornal americano The New York Times, autoridades suíças envolvidas no caso apontaram o antigo dirigente da CBF como um dos principais acusados de colaborar com algumas práticas ilegais dentro da Fifa nas duas últimas décadas. 
Entre elas, casos de fraude em eleições para a escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022, lavagem de dinheiro e fraude eletrônica. Ao todo, 14 pessoas estão sendo investigadas de forma direta no caso.
Além de José Maria Marin, outros importantes dirigentes que se encontravam na Suíça para o congresso anual da entidade foram detidos, como Jeffrey Webb, vice-presidente da comissão executiva da Fifa e mandatário máximo da Concacaf, que é das Ilhas Cayman, o uruguaio Eugenio 
Figueredo, ex-presidente da Conmebol; Jack Warner, de Trinidad e Tobago, que é ex-membro do comitê executivo acusado de numerosas violações éticas; Eduardo Li, oficial costarriquenho da Fifa; uruguaio Eugenio Figueredo, outro ex-presidente da Conmebol; Rafael Esquivel, Julio Rocha e Costas Takkas.
Contratos de marketing e transmissão dos jogos da principal competição da Fifa também estão inclusos nas acusações de corrupção por parte de alguns dirigentes da entidade. Marin, assim como os outros detidos, será extraditado para os Estados Unidos, onde os acusados responderão ao processo.
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