Secretário Beltrame diz que conflitos são inadmissíveis

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

 

Manifestantes e policiais militares se enfrentam antes, durante e depois de a Câmara dos Vereadores aprovar o projeto de lei que causou a insatisfação de professores

O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou ontem, segundo reportagem da Agência Brasil, que ‘são inadmissíveis os confrontos entre policiais e professores da rede municipal ocorridos em frente à Câmara dos Vereadores do Rio, segunda-feira e sábado’.

A declaração foi dada antes do conflito desta terça-feira. Ainda de acordo com Beltrame, a melhor maneira de solucionar a situação seria evitar qualquer tipo de violência de ambas as partes.

“A manifestação é uma coisa, a utilização de mecanismos que agridem as pessoas é totalmente antagônico ao processo democrático e às manifestações. Eu acredito que um movimento que se torna caótico é ruim pra todo mundo. Perdem os manifestantes, perde a polícia e também perde a sociedade, que presencia cenas que ninguém gostaria de ver”, disse o secretário, no Palácio Guanabara, onde participou do lançamento de curso de tecnologia em segurança pública para policiais, bombeiros e guardas municipais. O curso é uma parceria do governo do Rio com universidades públicas e terá duração de dois anos.

Cinelândia da intolerância
A Cinelândia virou, pelo segundo dia seguido, uma praça de guerra nesta terça. O primeiro grande tumulto ocorreu por volta das 14h, quando um grupo de manifestantes protestou contra os policiais que haviam detido um jovem. Policiais militares usaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar a multidão e os manifestantes atiraram pedras nos agentes.

Pouco depois das 16h30, a confusão recomeçou e não parou mais. Após tentativa de invasão da Câmara por black blocs, policiais voltaram a usar bombas. Desta vez, porém, não apenas na Cinelândia, mas nos arredores. A PM passou a esvaziar quarteirão por quarteirão em direção à Candelária, mas, sem policiais suficientes para atuar em todo o Centro, por volta das 17h30 os manifestantes voltaram à Cinelândia. Os professores da rede pública de ensino, municipal e estadual, foram mais uma vez alvos da truculência da Polícia Militar.

Desta vez, no entanto, os policiais reagiram às pedradas e à tentativa de invasão da Câmara Municipal pelos black blocs. Vestidos de preto, os black blocs não chegavam a 50, mas tinham apoio de cerca de outros cem manifestantes, de um total de cerca de mil.

O restante se dividia entre críticas e elogios ao grupo extremista. “Eles não acrescentam nada. E não confrontam ninguém. Jogam uma cabeça de negro na polícia, meia dúzia de pedras, e saem correndo, expondo todo mundo à truculência dos policiais, que são despreparados.

O que eles fazem é tirar trabalhador da rua e dar razão à polícia”, reclamou a professora Vânia Lúcia de Almeida.

Outros, porém, pregavam apoio ao movimento. No carro de som, um dos líderes da manifestação tentou puxar o coro: “A nossa luta unificou: é estudante, black bloc e professor”. À noite, o clima continuou tenso na região. O professor Júlio Rocha foi detido e encaminhado à 17ª DP (São Cristóvão), acusado por PMs de ter jogado um líquido contra um policial. No entanto, ao ser abordado, ele relatou que somente correu para o ponto de ônibus e ‘não sabia o motivo da detenção’.

O ator Ricardo Porto, de 29 anos, relatou que foi chamado de ‘maconheiro’ por um PM e orientado a apresentar queixa contra o militar por outros colegas de farda. “Estava apenas manifestando meu direito”, disse Ricardo, inconformado. FONTE: JORNAL O DIA












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