Elevador de agência do INSS quebra e cadeirante precisa subir escadas sentado

quinta-feira, 11 de julho de 2019
Professor precisou subir escadas sentado

Redação Rio Alerta


Após encarar mais de 60 quilômetros entre Santa Cruz, na Zona Oeste, ao Centro do Rio, o cadeirante Jorge Crim, de 62 anos, precisou enfrentar um novo problema para conseguir realizar uma perícia médica. 

Por conta de um elevador quebrado, o professor precisou subir, sentado, as escadas da agência do INSS da Avenida Marechal Floriano, nesta quinta-feira, Crim chegou à agência e foi avisado pelos profissionais que o elevador do prédio não estava funcionando. 

O professor então questionou os profissionais para buscar uma solução para ser atendido e foi aconselhado a remarcar a consulta. 

O mesmo problema já tinha sido enfrentado seis meses antes, quando ele precisou reagendar a perícia devido ao elevador quebrado. Sem saída, ele sentou-se no chão e subiu os degraus da unidade sentado. Segundo Crim, ele não poderia perder mais tempo, pois alegou gastar muito dinheiro para ir até o Centro do Rio de Uber. 

"Não podia perder mais um dia de trabalho e mais dinheiro", explicou. O professor conta que o valor da corrida ultrapassa R$ 200. 

O motorista do carro que o levou até o local ajudou colocando folhas de jornal no chão para que ele sentasse enquanto subia as escadas. 

Durante os dez minutos em que o professor leva para subir as escadas, nenhum atendente aparece para prestar algum auxílio. Segundo o professor, um segurança se ofereceu para levá-lo no colo, mas ele recusou. 

Ele explica que pesa mais de 100 kg e ser carregado ofereceria riscos para ele e para o profissional. Após a perícia, Crim saiu da agência e voltou para Santa Cruz, cansado e com dores no corpo, ainda precisava dar aula. 

O professor destaca que no registro do INSS consta a informação de que ele é cadeirante e que deveria ser feito um recorte para que não seja encaminhado novamente para um agência sem acessibilidade. 

De acordo com o INSS, "a perícia médica prestada nas agências do INSS, é realizada pelos peritos federais que não são da nossa ingerência. 

Então a gente não tem acesso a forma de agendamento. Eles utilizam as unidades do INSS, mas eles próprios gerem, inclusive a agenda de perícia". 

Em nota, o órgão informou que "diante da dificuldade para a realização da perícia na agência Centro, pela inatividade do equipamento de acessibilidade, foi oferecida ao interessado a alternativa de transferir o exame para outra unidade próxima, mas ele preferiu não alterar o local. 

Ele seria, então, auxiliado no translado para o pavimento acima, mas também recusou e optou por subir as escadas por esforço próprio. O reparo do equipamento foi solicitado e será concluído o mais breve possível".
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